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Construção de casa: conheça todas as etapas

Chegou o momento de realizar o sonho de construir um imóvel do seu jeito? Já pensou nos detalhes e consegue visualizá-lo pronto e lindo? A construção de uma casa é uma tarefa complexa e pode parecer um pouco assustadora no início, mas é possível realizá-la sem surpresas.

Para isso, é preciso respeitar algumas etapas fundamentais. Cada conceito de construção tem suas peculiaridades e pode exigir um planejamento diferente, em função do material utilizado e da técnica empregada.

Apesar dessas diferenças, certas etapas são inerentes a qualquer projeto. Isso justifica a importância em conhecê-las de uma forma geral.

Quer descobrir quais são as etapas da construção de casas essenciais em um projeto? Confira neste artigo tudo que você precisa saber, com toda a certeza você irá amar!

Planejamento da nova casa

Para que a construção da casa não se torne um grande problema é preciso um bom planejamento. Com ele você pode evitar desperdício de materiais e manter o orçamento dentro do previsto. Além disso, ele garante que a obra concluída atenda às suas expectativas iniciais.

Muitas vezes a ansiedade de iniciar a construção pode acelerar esse processo, mas essa é uma etapa fundamental e que merece toda a sua atenção. Veja quais os pontos principais a se observar no planejamento.

Defina as características da residência

Primeiramente, quando pensamos na casa que gostaríamos de ter, normalmente, as referências costumam vir das residências que visitamos e de nossas experiências com a moradia atual, sejam elas positivas ou negativas.

Então, a primeira coisa a fazer é se reunir com as pessoas envolvidas — cônjuge e filhos — para entender o que cada um espera do novo lar. A construção da casa precisa levar em consideração as necessidades de todos os moradores. Essa consciência certamente ajudará muito na hora de fazer o projeto.

Pense no exemplo a seguir: vocês querem uma área de lazer totalmente integrada com a área íntima ou preferem que esses ambientes sejam independentes, a fim de garantir maior privacidade? Uma família com adolescentes pode descobrir que uma suíte de frente para a área gourmet ou piscina será um pouco mais barulhenta.

Gosta de cozinhar e receber os amigos? Pense em uma cozinha ampla que possa facilitar a sua vida e, ao mesmo tempo, integrar as pessoas que estarão reunidas.

É possível tomar bons exemplos do que incorporar, ou não, na construção da casa, a partir das experiências de outras pessoas. Esteja disponível para ouvir sugestões nesse primeiro momento. Claro que o arquiteto orientará nesse processo, mas ter uma noção geral vai ajudar a comunicação com o profissional.

Estipule o orçamento

O próximo passo é determinar qual o orçamento disponível para a construção da casa e aquisição do terreno. Agora que você já tem uma ideia mais clara sobre as características básicas do imóvel, qual o tamanho e o padrão de construção, estabeleça quanto você quer ou pode investir na obra.

Parte do orçamento será para a compra da área e despesas de aquisição. Então, informe-se sobre os custos e a duração de cada etapa, isso facilitará na hora de levantar o valor total do projeto. Além de permitir que você saiba quanto e quando desembolsará.

Ter uma prévia do custo total da obra é fundamental para lidar com algum eventual imprevisto e facilitar a tarefa de negociação com fornecedores e com a empresa responsável pela construção da casa.

No geral, os custos de uma obra podem ser divididos da seguinte forma:

  • projetos e taxas 5% a 12%;
  • preparação do terreno 2% a 4%;
  • fundações 3% a 7%;
  • impermeabilização 2% a 4%;
  • parte estrutural 14% a 22%;
  • alvenaria e insumos 2% a 5%;
  • telhado 4% a 8%;
  • rede hidráulica 7% a 11%;
  • rede elétrica 5% a 7%;
  • esquadrias 4% a 10%;
  • acabamentos e revestimentos 15% a 32%;
  • vidros 1% a 3%;
  • pinturas 4% a 6%;
  • regularização e registro 1 a 2 %.

Escolha um bairro

Posteriormente, depois de definida a verba que será usada na compra do terreno é o momento de escolher um bairro para a construção. Aproveite para colocar a família no carro e passear pelas regiões que mais agradam.

A intenção é morar em um condomínio com infraestrutura de lazer? Precisa ter escolas por perto? O acesso e deslocamento são fáceis? Pense em tudo isso quando for escolher o bairro.

Nesse momento existe uma figura que é de extrema importância: o consultor imobiliário. Essa consultoria especializada vai eliminar várias etapas cansativas e encurtar o caminho até a assinatura da escritura.

 Encontre um consultor imobiliário

Um bom consultor imobiliário certamente conhece bem o mercado e vai ajudar a encontrar um terreno que atenda às suas necessidades e seja compatível com o seu orçamento. Esse profissional está preparado para esclarecer suas dúvidas e apresentar alternativas.

A compra do terreno é um momento delicado, pois é preciso checar documentos e verificar se está tudo certo com o empreendimento e com o imóvel. As imobiliárias costumam fazer todo esse trabalho burocrático, mas é importante escolher profissionais que sejam de confiança e tenham tradição no mercado.

Construção da casa nova

Então, depois de vencidas essas etapas é hora de colocar os planos em prática. Com a aquisição do terreno você já pode começar a projetar no papel o seu sonho.

Preparação da planta

Antes de tudo, é o profissional de arquitetura que tem as competências técnicas necessárias para entender suas necessidades e adequar o projeto à topografia do terreno e à legislação vigente. Cada município, de fato,  tem leis e diretrizes de construção que precisam ser respeitadas.

Recuos laterais e frontais, limitação do número de andares e áreas de luz, são alguns dos detalhes técnicos que um arquiteto leva em consideração. Tudo isso precisa constar na planta e no memorial descritivo da construção da casa. Ele também será responsável pelos processos burocráticos e levantamento das taxas junto à prefeitura.

Em uma primeira etapa é feito um anteprojeto. Nesse momento a casa começa a ganhar forma e suas características vão se delineando. A boa comunicação com o profissional vai permitir os ajustes necessários para que o projeto fique de acordo com o que você quer e respeite a legislação.

É importante prestar atenção em alguns aspectos nesse momento, como, por exemplo:

  • topografia — terrenos com grandes desníveis encarecem um pouco a obra, mas costumam ter um custo de aquisição menor;
  • incidência do sol — leve em consideração a posição da casa em relação ao trajeto do sol. O lado norte — ou face norte da casa — tem a maior incidência de luz durante o dia, ideal para uma área de serviço, por exemplo. A face leste recebe o sol da manhã, perfeito para os quartos, evitando o calor excessivo da tarde;
  • infraestrutura — informe-se sobre o acesso à rede de esgoto, o tipo de cabeamento utilizado — aéreo ou subterrâneo — e se há gás encanado.

Projetos elétrico e hidráulico

Apesar de não serem obrigatórios, esses projetos são importantes para evitar complicações futuras. O subdimensionamento da rede de esgoto e das tubulações de água podem trazer muita dor de cabeça, além de desperdício.

Cabos elétricos de espessura inapropriada podem superaquecer, provocando perda de energia ou, até mesmo, um incidente mais grave. Um projeto bem feito e implementado evita problemas dessa natureza. Se você pretende utilizar energia fotovoltaica também precisa prever a estrutura de cabeamento.

As informações que os projetos oferecem também ajudarão no controle do orçamento. Com eles é possível dimensionar a quantidade de material que será usado e se preparar para o momento da compra.

Ligação de água e luz

Posteriormente, com os projetos prontos e os trâmites para prefeitura encaminhados, é o momento de pedir a ligação de água e luz nos órgãos competentes. É importante adiantar esse processo, pois esses dois itens serão necessários em todas as etapas da construção da casa.

Para a ligação da energia elétrica, é preciso a instalação do poste padrão, onde será colocado o relógio de medição e por onde chegará o fio da companhia de energia. Se a infraestrutura de cabeamento elétrico for subterrânea isso não será isso necessário.

Contratação de mão de obra

A contratação da construtora e de mão de obra especializada é determinante para evitar problemas. Se você não tem tempo e nem conhecimento é melhor fechar com uma empresa que cuidará de tudo.

Escolha com cuidado, a fim de evitar atrasos e defeitos técnicos — muitas vezes eles só aparecem meses após a conclusão da obra. O contrato de prestação de serviço precisa ser bem completo e indicar todas as obrigações, garantias e prazos acordados.

É uma boa ideia buscar referências com amigos ou conhecidos. Caso você não conheça ninguém que possa ajudar com uma indicação, faça uma busca na internet. Mas lembre-se de verificar se a empresa é idônea e peça para visitar algumas obras.

Preparação do terreno

É agora que a obra começa de verdade. A primeira coisa a fazer é preparar o terreno. Lembra que falamos sobre a topografia? Então, caso ele seja em aclive ou declive acentuado, o ideal é diminuir esses desníveis.

A terraplanagem, ou seja, o acerto da superfície do terreno, é feita para que ele fique adequado para receber a construção da casa. O profissional responsável pela obra deve fazer o levantamento topográfico e contratar o serviço. Sobretudo, é nessa etapa também que são construídos os muros de arrimo, caso seja necessário.

Implantação do alicerce

A fundação é a base da construção da casa e, por isso, precisa de muita atenção e cuidado. Em terrenos onde há um aterro ou possibilidade de um lençol freático superficial, recomenda-se fazer uma sondagem para avaliar o tipo de alicerce que será usado.

No caso das fundações mais comuns, são feitos buracos na terra — que podem variar de 3 a 10 metros, dependendo do tipo de solo — e que são preenchidos com concreto. É então sobre essas estacas que serão erguidas as colunas da casa.

Posteriormente, depois de concluídas as estacas, são feitos os baldrames, que será a base das paredes. Eles ficam sob a terra, por isso é preciso dar muita atenção à impermeabilização do alicerce, para que você não tenha problemas com a umidade no futuro.

Veja os tipos de fundações que podem ser usadas:

  • fundação rasa: são feitas em valas rasas, com profundidade de cerca de 3 metros ou então ficam diretamente sobre o solo, desde que seja firme. Quando é feita uma grande laje por cima são chamadas de radier;
  • fundação contínua: os alicerces são feitos no alinhamento das paredes com tijolos maciços e concreto;
  • fundações indiretas: elas costumam ser bem mais profundas — mais que 3 metros — e são responsáveis por transmitir o peso da construção diretamente ao solo por meio de estacas ou tubulões (essa é a grafia correta mesmo).

Veja os materiais que são mais utilizados nessa etapa:

  • arames e vergalhões;
  • pedra;
  • ferragens;
  • areia;
  • cimento;
  • concreto;
  • manta asfáltica ou impermeabilizantes;
  • tábuas;
  • treliças.

Construção da alvenaria

É nessa etapa da construção da casa que se levantam as paredes e realiza-se a concretagem da laje. A obra pode ser de alvenaria convencional ou estrutural. A principal característica de uma obra que utilize o sistema estrutural é que as próprias paredes suportam o peso da cobertura da casa.

Não são utilizados pilares e vigas, por isso é preciso mão de obra especializada na hora de levantá-las. Apesar de ter um tempo menor de execução, se comparada à construção convencional, ela limita um pouco mais a criatividade do projeto.

O método convencional é o mais utilizado no Brasil, principalmente na construção de casa. A combinação de pilares, lajes e vigas funciona como o “esqueleto” da obra e as paredes são usadas apenas como fechamento e divisão dos ambientes.

Ele é amplamente utilizado, pois permite maior liberdade de execução, já que não há restrição em relação às medidas do projeto. Apesar do tempo de construção ser maior, ele facilita eventuais reformas futuras.

Na fase da alvenaria costuma-se utilizar o concreto armado para preencher vigas, baldrames, colunas, lajes e levantar as paredes.

Veja os materiais que são mais utilizados nessa etapa:

  • ferragens;
  • areia;
  • cimento;
  • concreto;
  • impermeabilizantes;
  • escoras;
  • lajes pré-fabricadas
  • tábuas;
  • conduítes;
  • caixas de passagem elétrica.

Colocação do telhado

Depois que a etapa da alvenaria está concluída, é realizada a cobertura da obra — normalmente feita com um telhado — que pode ser aparente ou não. Mesmo os projetos com estilo mais moderno costumam utilizar estruturas de telhado embutido, a fim de evitar infiltrações na laje e melhorar o conforto térmico do imóvel.

Os materiais utilizados para confecção das telhas são variados, mas os mais comuns são cerâmica, cimento e metal. Já a estrutura da base do telhado pode ser de madeira ou metal.

A função da cobertura, antes de mais nada, é proteger a construção dos agentes do tempo, como as chuvas, sol e os ventos. Depois da sua instalação é preciso dar o acabamento com calhas e rufos, responsáveis por escoar as águas pluviais e proteger a obra de infiltrações e goteiras.

Veja os materiais que são mais utilizados nessa etapa:

  • madeira ou metalon;
  • telhas;
  • mantas térmicas;
  • pregos e parafusos;
  • calhas e rufos;
  • caixa d’água;
  • impermeabilizantes.

Instalação hidráulica

Nas construções estruturais não é permitido, por norma, fazer cortes nos blocos para embutir as tubulações de água e esgoto, a menos que sejam usados blocos hidráulicos — com formato próprio para acomodar os canos.

Lembre-se de prever a rede de água quente também, caso você vá utilizar algum tipo de aquecimento que não seja o chuveiro elétrico. Esse sistema precisa de uma tubulação específica para suportar altas temperaturas sem risco de vazamentos.

Nesses casos devem ser usados recursos que ajudam a esconder as tubulações. Podem ser as sancas de gesso, shafts e paredes não estruturais de fechamento entre ambientes.

Nos casos do uso de alvenaria convencional, depois que as paredes estão erguidas, são realizados “rasgos” para embutir os canos de água e os registros gerais, de chuveiros e duchas higiênicas. Já na rede de esgoto, as tubulações e caixas de inspeção são passados antes da concretagem do piso.

Veja os materiais que são mais utilizados nessa etapa:

  • canos e conexões para esgoto;
  • canos e conexões para água fria;
  • canos e conexões para água quente;
  • colas próprias para cada tipo de tubulação;
  • registros de passagem;
  • registros geral;
  • válvulas para descarga (caso você não use caixa acoplada).

Instalação elétrica

A instalação da parte elétrica é feita em duas etapas. Uma delas acontece junto da alvenaria, pois é nesse momento que são colocadas as caixinhas que acomodarão tomadas e interruptores.

Deixe previsto também tudo que for necessário para a instalação de ar-condicionado. Mesmo que você não tenha intenção de colocar agora, será mais fácil se você mudar de ideia no futuro.

Também são embutidos os conduítes — tubos plásticos corrugados por de serão distribuídos os fios — nas paredes e na estrutura da laje. O projeto elétrico mostrará onde estão previstos esses pontos.

Somente quando a obra estiver no final da fase de acabamento, serão passados os fios por dentro do conduíte e posteriormente instalados os materiais elétricos em si, como as tomadas, interruptores e disjuntores.

O projeto elétrico também deve seguir as normas e orientações da concessionária de energia onde será a construção da casa. É preciso informar a tensão que será utilizada e qual o tipo de entrada — monofásico, bifásico ou trifásico — no pedido de ligação da rede.

Veja os materiais que são mais utilizados nessa etapa:

  • fios;
  • disjuntores;
  • tubos de cobre;
  • dreno do ar-condicionado;
  • painel de força;
  • conjuntos para tomadas;
  • conjuntos para interruptores;
  • spots;
  • luminárias.

A fase do acabamento.

Essa pode ser a etapa mais divertida de todo o processo e a mais onerosa também. Boa parte do orçamento se concentra aqui. Esse é o momento de escolher os acabamentos. Capriche nos pisos e revestimentos, mas não se esqueça das louças e metais sanitários.

Durante essa etapa muitos processos costumam ocorrer simultaneamente. São vários profissionais trabalhando ao mesmo tempo e há uma grande demanda de materiais. Por isso, o gerenciamento deve ser bem rigoroso, para que você não tenha surpresas no orçamento.

Nesse momento são feitos o reboco externo e interno. Hoje em dia é muito comum utilizar o reboco interno apenas em áreas molhadas como banheiros, cozinha e lavanderia. Nos outros ambientes aplicam-se uma camada de gesso e por cima é feita a pintura.

Você já pode encomendar os móveis planejados, os boxes e os espelhos que serão colocados nos banheiros. Mas deixe para instalá-los somente depois da limpeza pós obra.

Veja os materiais que são mais utilizados nessa etapa:

  • pisos e revestimentos;
  • argamassas;
  • rejuntes;
  • massa corrida;
  • veda rosca;
  • tintas e seladoras
  • silicone.

Limpando a casa

Depois de tantos meses de obra e tanta gente circulando por lá, é claro que a casa vai precisar de uma limpeza pesada para ficar com aspecto de lar. Mas, para isso, existem empresas especializadas nesse tipo de serviço.

Alguns resíduos certamente podem danificar pisos, vidros e pinturas se não forem removidos da maneira correta. As substâncias utilizadas, muitas vezes, são tóxicas e precisam ser manipuladas com equipamentos de segurança.

Mesmo sabendo que será preciso uma boa limpeza ao final da construção da casa, vale a pena exigir da construtora um ambiente limpo e arrumado (na medida do possível). Primeiro, porque uma obra organizada evita desperdícios, segundo, porque a falta de cuidado pode danificar de forma irremediável algum item.

Regularizando a construção da casa

Agora que a sua nova casa está pronta, é preciso deixar a documentação dela em dia. Isso significa que você terá que averbar a casa na matrícula do terreno. Ou seja, informar aos órgãos competentes que naquele terreno foi erguida uma construção com determinadas características.

Após a obra concluída é preciso pedir na prefeitura o Habite-se ou Certificado de Conclusão de Obra. Então, com ele em mãos, o próximo passo é criar um processo junto à Receita Federal para solicitar a certidão negativa de débitos do INSS. Depois é só levar tudo para o Cartório de Registro de Imóveis.

Pronto, agora é só mudar e aproveitar o resultado dos seus esforços e dedicação. Apesar de as dificuldades que podem ocorrer na construção de casa, a sensação de ver a obra concluída e do jeito que você idealizou é única!

Por fim, permita que a gente faça parte da realização desse sonho! Entre em contato conosco!

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