Tipos de taças de vinho: qual escolher para cada tipo da bebida?

De todas as bebidas que consumimos no dia a dia, o vinho é uma das mais especiais. Isso porque beber vinho exige uma série de cuidados — alguns deles são quase como rituais. Ao contrário do que você possa estar imaginando, não se trata de regras elitistas, mas de hábitos necessários para quem deseja aproveitar a experiência da degustação. Por isso, é importante conhecer os tipos de taças de vinho.

Sim, tipos, no plural. Existe uma série de taças, cada uma delas para um tipo diferente dessa bebida tão apreciada mundo afora. Então, se você quer entender tudo sobre as diferenças entre os vinhos e como acertar na taça, continue conosco.

O vinho e a humanidade

As primeiras vinícolas datam do ano 7.000 a. C. Nos primeiros anos do desenvolvimento da sociedade, os indivíduos perceberam que era possível obter uma bebida saborosa vinda da fermentação da uva. Os registros das primeiras vinícolas foram encontrados no Cáucaso — e datam da Idade da Pedra.

Com o passar dos milênios, o desenvolvimento da bebida mudou muito, sempre acompanhando o desenvolvimento da tecnologia feita pelo homem. Na Armênia, em 4.000 a. C., já eram utilizados equipamentos rudimentares, como prensas, para poder acelerar e facilitar a produção dessa bebida.

Posteriormente, em 1.800 a. C., os sumérios fizeram os primeiros registros escritos sobre a bebida. Depois, o vinho apareceu em outros livros antigos, como os do Velho Testamento bíblico e o Talmude — livro sagrado do judaísmo.

Em todos esses períodos, o vinho era bebido em copos rudimentares, afinal de contas, o uso de metal e, principalmente do vidro, demorou muitos séculos para ser dominado da maneira como conhecemos hoje.

No Egito, provavelmente em data próxima ao ano de 1.500 a. C., surgiram as ânforas, vasos com alças que eram usados para carregar os vinhos. Esses vasos eram feitos de cerâmica e ajudavam a manter a bebida fresca, além de facilitarem o seu transporte e servirem como peças decorativas.

Os muitos tipos de taças de vinho

Como vimos no tópico anterior, conforme a humanidade foi se desenvolvendo, o vinho também foi ganhando novas características, seja na forma de cultivá-lo, seja na maneira de armazená-lo e bebê-lo.

Como o vinho é uma bebida muito complexa, em termos de sabor e aroma, foi necessário desenvolver algumas taças específicas para não desperdiçar essas características, contribuindo para a apreciação da bebida.

Taça de espumante

Quem bebe um espumante quer sentir as borbulhas que a bebida tem. Por isso, as taças muito largas não são recomendadas, pois contribuem para a aceleração do processo de evaporação dessas bolhas.

Existem taças específicas para o espumante. Elas têm um formato mais verticalizado, são mais finas e têm uma base mais longa. Tudo isso para que a temperatura da mão da pessoa não se choque com a temperatura da bebida, prejudicando o seu sabor.

Ademais, com esse formato, a pessoa consegue sentir as bolhas do champanhe, uma vez que elas estão mais concentradas na taça.

Entre os tipos de taças de vinho, a taça de champanhe foi uma das que mais mudou com o tempo. No século XVIII, na França, surgiu a primeira taça feita para a bebida. Ela tinha uma base menor e era mais larga, semelhante à taça em que é feito o clássico drinque Dry Martini. Essa taça era chamada de “coupe”.

Com o passar dos séculos, ela foi substituída pela taça flûte. Em 2009, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Associação Brasileira de Enologia (ABE) desenvolveram um novo molde de taça: a taça tulipa. Esse modelo acabou se tornando o recomendado pela ABE para consumir espumantes nacionais.

Taça para tomar vinho tinto

Existem dois tipos de taças de vinho recomendadas para os vinhos do tipo tinto: as Bordeaux e as Borgonha.

As Bordeaux têm o bojo mais largo, porém mais fechado. Isso ajuda na concentração dos aromas. Elas servem para degustar vinhos mais encorpados, feitos com Cabernet Sauvignon.

Já as taças do tipo Borgonha têm o bojo em um formato parecido com o de um balão. Isso permite que a bebida tenha mais contato com o ar — algo recomendado para as bebidas feitas com a uva Pinot Noir.

Tipos de taças para vinho branco

O vinho branco deve ser consumido em uma temperatura menor do que a do vinho tinto. Portanto, sua taça deve ser menor, evitando que o calor do ambiente e da mão do apreciador altere o sabor da bebida. As taças de abas estreitas são as recomendadas nesse caso.

Taças para vinho rosé

A taça para vinho rosé deve equilibrar a acidez e o aroma da bebida. O ideal é que ela tenha o bojo maior que a do vinho branco, permitindo que o indivíduo possa apreciar melhor o aroma. O bojo deve ser maior do que o da taça de vinho branco, uma vez que os vinhos rosé têm os taninos (substância de origem vegetal) semelhantes aos encontrados no vinho tinto.

Contudo, pode ser complicado encontrar taças específicas para o vinho rosé. Nesse caso, recomenda-se a taça de vinho branco.

Taça ISO

Existe uma espécie de taça coringa, que pode ser usada para o consumo de todos os vinhos, sem que haja grande prejuízo no consumo do sabor e no aroma: a taça ISO. Ela foi criada em 1970 e é usada em eventos de degustação da bebida.

A lavagem das taças

As taças devem ser lavadas com água morna, usando o mínimo de detergente possível. A taça deve ser bem seca. Servir a bebida em uma taça molhada altera completamente o sabor e, no caso dos champanhes, impede a formação de bolhas. Segure sempre a taça pela haste. Isso evita marcas de dedos no objeto e contribui para que o calor das suas mãos não interfira no aroma e no sabor do vinho.

Agora que você conhece os tipos de taças de vinho e sabe como esse item deve ser usado, comece a sua coleção de taças. Elas trarão mais requinte à sua adega e permitirão que a experiência de degustar a bebida seja feita de forma adequada.

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