Cervejas gourmet: conheça os 6 principais tipos e aproveite!

A cerveja gourmet está em alta e, com isso, cada vez mais pessoas têm vontade de experimentar novas marcas — principalmente quem tem bom gosto e está sempre em busca de produtos de qualidade. Além de ser uma das bebidas mais populares do mundo, a cerveja está cada vez mais sofisticada, tendo até sommeliers especializados em harmonizá-las com jantares ou petiscos.

O termo “cerveja gourmet” é utilizado para descrever as cervejas artesanais, isto é, aquelas que são elaboradas em menor escala, sem conservantes desnecessários e primordialmente respeitando os ingredientes originais (água, malte de cevada e lúpulo). Assim, apresentaremos a você os principais tipos de cerveja gourmet. Conheça e saboreie!

1. La Trappe

Primeiramente, boas cervejas costumam seguir diversos aspectos de pureza, desde a escolha da água até a seleção dos ingredientes. Acima de tudo, quando se fala em pureza, os monastérios são praticamente um símbolo dessa característica. Por isso, a cerveja La Trappe é produzida em monastérios Trapistas desde o seu surgimento, na vila de Berkel-Enschot, na Holanda.

Um detalhe curioso é que a cerveja é a fonte de rendimento mais importante do mosteiro. Sua receita foi desenvolvida pelos próprios monges e se mantém intacta até hoje, surpreendentemente por mais de 100 anos. Utiliza somente ingredientes naturais e puros: cevada, lúpulo, fermento e água da fonte de Koningshoeven.

Composição: para fermentação, costumam compor sua estrutura apenas com frutas.

Teor alcoólico: 6,5%.

Copo indicado: Goblet, ideal apreciar uma cerveja gourmet encorpada, como esta holandesa ou as belgas. Geralmente esses copos são mais trabalhados, com grande variação de modelos e principalmente com detalhes em alto relevo.

2. Weihenstephan

A região da Baviera, na cidade de Freising (30 km de Munique), na Alemanha, é famosa por suas cervejas gourmet. Direto do século X vem a Weihenstephan. Você acredita que antigamente ela também era produzida e consumida apenas por monges? Sim, essa é uma tradição interessante sobre a história de diversas marcas!

Inicialmente, sua produção era baseada no plantio de lúpulo. Já no século XX, tornou-se oficialmente a Cervejaria Weihenstephan Estadual da Baviera. A empresa é estatal, controlada pelo Ministério da Cultura e da Ciência — dá para perceber que os alemães levam a cerveja a sério, não é? Portanto, por lá, a bebida é considerada patrimônio cultural.

Atualmente, a cervejaria abriga a Universidade Técnica de Munique, local que contém o maior acervo de leveduras do planeta. Também é o centro mais conceituado na formação de mestres cervejeiros, devido à sua referência tecnológica e histórica no universo da cerveja.

Composição: por conta de suas tecnologias, a cerveja tem uma gama diversa de produtos. Normalmente apresenta uma aparência turva por conta da fermentação, podendo levar café, cacau e outros condimentos fortes.

Teor alcoólico: na média dos 5%.

Copo indicado: Weizen, pois seu formato destaca o elegante colarinho que essas cervejas gourmet apresentam quando são servidas.

3. Hoegaarden

A Hoegaarden é a cerveja gourmet tipo Witbier mais famosa do mundo. Seu nome significa, literalmente, “cerveja branca” e foi dado por conta da sua cor clara. Considerada o berço da tradição belga de cervejas de trigo, a vila de Hoegaarden é a casa dessa cerveja gourmet criada em 1966.

Pierre Celis, o criador da marca, iniciou a produção de forma caseira. Baseado na experiência que teve em cervejarias, adicionou raspas de laranja e sementes de coentro moídas. O produto foi bem recebido e logo a demanda cresceu.

Em 1978, a produção já havia triplicado, exigindo a mudança para um local maior. Porém, um incêndio em 1985 causou enorme prejuízo, forçando a Celis a vender sua marca para a Stella Artois, que adquiriu 45% da empresa. No entanto, como os belgas também são consumidores tradicionais de cerveja, a população protestou contra a mudança de local da fábrica, mantendo a produção na vila Hoegaarden.

Composição: com raspas de laranja e sementes de coentro.

Teor alcoólico: próximo de 5%.

Copo indicado: Lager, pois valoriza a transparência, a efervescência e a clareza dessa bebida.

4. Paulaner

A cervejaria Paulaner é reconhecida pela produção de cervejas Premium. Em síntese, elas têm sido elaboradas desde o ano de 1634, em Munique, na Alemanha.

Composição: todos os produtos da Paulaner respeitam a Lei de Pureza da Baviera, ou seja, utilizam somente ingredientes de alta qualidade. As leveduras e a cevada são de cultivo próprio, o lúpulo é de Hallertau, e a água é a pura glacial.

Teor alcoólico: caramelizada, tem teor alcoólico que varia em torno de 5%.

Copo indicado: o copo sugerido é o Weizen, que possui a boca grande e um estreitamento em direção à base. Tem capacidade para servir uma garrafa de 500 ml de bebida, ainda com um bom espaço para a espuma densa.

5. Leffe

Criada em 1152 na Abadia de Notre Dame de Leffe, no sul da Bélgica, esta é outra cerveja gourmet produzida por monges até hoje — nesse ínterim, os da Ordem Premonstratenses. Conhecidos como verdadeiros sábios da cerveja, a receita inicial segue até hoje. Em 1987, a cervejaria Leffe foi vendida para a InBev, o que tornou, em suma, sua produção mais dinâmica e fez com que ela chegasse a outros países.

Composição: sua receita é rígida, com algumas variações contendo um tom mais adoçado, e em outras, um amargor leve.

Teor alcoólico: costuma ficar em 6,6%.

Copo indicado: como esta cerveja gourmet tem aparência bem límpida, o copo sugerido é o Trapist, pois valoriza ainda mais as cervejas complexas e frutadas. Isso porque esse tipo de copo permite observar melhor a coloração e a espuma.

6. Chimay

Com nascimento na cidade belga de mesmo nome, a cerveja gourmet Chimay tem uma origem comum às anteriores: ela também era produzida por monges! Os missionários da Ordem Trapista começaram a produzir a iguaria para apoiar o desenvolvimento da região, gerando novos empregos. Isso ocorreu em 1852.

O primeiro produto foi a Chimay Première, e logo depois veio a Red Chimay. Uma curiosidade é que o padre Theodore isolava as células da levedura que era usada nas cervejas. Ainda no ano de 1852, foi criada a cerveja que posteriormente se chamou Chimay Blue. Atualmente, essas são as cervejas de origem Trapista mais comercializadas no mundo.

Composição: as Chimay normalmente têm um aroma frutado, com flores e condimentos, além de um amargor leve.

Teor alcoólico: varia a partir de 4,8%.

Copo indicado: Tulipa, pois essa cerveja gourmet deve ser servida em pequenas quantidades e ser mantida em temperatura bem baixa.

Por fim, vale lembrar que o universo cervejeiro contém uma infinidade de estilos de cerveja diferentes, com características sensoriais bem distintas. Por conseguinte, vale a pena manter a mente aberta e procurar se familiarizar com novos sabores de vez em quando. Sem dúvida, você descobrirá ótimas cervejas gourmet para apreciar na companhia de amigos e familiares. E, finalmente, não esqueça de nos contar suas experiências, com toda a certeza vamos amar!

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